quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Mendigo...Parte dois...


Boa noite amados pensadores. Passaram-se duas semanas desde que abordei o tema: "mendigo" realmente impactou a minha vida. Levou-me a perceber o ritmo vertiginoso com o qual voltamos a ser hipócritas. Passo a explicar, em "o mendigo" eu defendi a necessidade de transformar o nosso entendimento. De forma a começarmos a ver os invisíveis desta sociedade com outros olhos. Ajudando! Fosse monetariamente, fosse lutando contra a sua fome, sua solidão ou simplesmente com um sorriso que transmiti-se amor. Senti-me realmente um ser melhor após escrever o que escrevi.
Mas esta segunda-feira, sujeito ao stress do trabalho, tive de entregar uns documentos no centro da grande Lisboa que eram no mínimo urgentes. Então estacionei no parque mais próximo do edifício que pretendia. Fiquei absolutamente irado quando após pagar o parking, um mendigo(arrumador de carros) se chegou ao pé de mim. Nem boa tarde lhe disse. Apenas disse: eu volto já é rápido. Resolvi o que tinha a resolver e dei por mim a procurar na carteira por uma moeda para passar por bom samaritano. Encontrei um euro e pensei cá para mim: Isto é demais deixa procurar uma de cinquenta cêntimos, e pronto lá fiz a boa acção do dia.

Ao entregar-lhe essa mesma moeda ele agradeceu, e foi como se naquele momento eu tivesse sido antigido por uma faca de dois gumes... E foi isso que realmente aconteceu a minha consciência foi perfurada ate ao cerne da minha alma. Trazendo o pouquíssimo de boa pessoa que há em mim à superfície. Parei a frente dele e perguntei o seu nome. Orlando(nome fictício) foi a sua resposta. Palavra após palavra não dei pelo tempo passar. num apice uma hora passou. Que me levou a realizar que o verdadeiro mendigo era eu. Os seus olhos não tinham qualquer expressão. Havia um vazio e uma dor imensa transmitidas por cada palavra que ele me dirigia.
Saí desolado com minha hipocrisia, a historia de Orlando baseava-se em arrumar carros, ajudar nos cais de descargas e dormir no centro de solidariedade. Todo o dinheiro que ele tinha confessou que era para comprar os seus "charros" e PARA PAGAR OS ESTUDOS A UM JOVEM QUE TINHA UM EXCELENTE CORAÇÃO MAS ALEM DA MÃE LOUCA E DOS IRMÃOS DEFICIENTES tinha como companheiros o cheiro nauseabundo de uma casa degradada e roupas que nem de trapos eram dignas de serem chamadas. Não sei se o que falou foi real, ou apenas o seu ideal de vida. Sei que ele ficou super satisfeito porque ganhou um novo amigo. Já eu além de ter ganho um novo amigo ganhei uma duvida. AFINAL QUEM SÃO OS MENDIGOS? 
Sei que o texto foi longo, obrigado por o lerem até ao fim. Um abraço com muito amor, desta mente por vezes hipócrita e sem abrigo, que almeja ser um verdadeiro poeta da vida. Sem uma caneta mas com um coração humilde. Carlos Franqueira

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Arma Nuclear...


Boa noite a todos os perseverantes e solidários leitores! É extremamente prazeroso saber que alguém nos da momentos preciosos da sua atenção. Hoje decidi soltar uma bomba... Bom talvez nem tanto... De facto desde os primórdios da existencia humana que temos uma estranha tendencia para fazer o mal, mesmo quando nao o queremos fazer... Não temos a completa noçao, mas cada um de nos carrega o peso de uma arma nuclear.
Com essa arma conseguimos: Matar auto-estimas, destruir relacionamentos, iniciar uma nova guerra contra quem não acredita em nos, difamar o mais puro e gentil ser humano, amaldiçoar quem não gostamos, autodestruir nossa auto-estima e blasfemar quem nos amou desde a primeira instância. Pois é, arma essa que se encontra presa entre quatro paredes (dentição e lábios) mas ainda assim solta veneno ao ponto de destruir vidas(provérbio judaico). A nossa arma nuclear é a língua! Foram quantas as vezes que magoei alguém com apenas 2 palavras! Quantas? Não tenho capacidade matemática para calcular! Enfim não creio que foi com esse propósito que Deus nos criou com língua...
Chegou a hora de darmos um murro na mesa! A nossa língua foi feita para: Amar com todo o mel que a nossa criatividade permite soletrar, criar musica que transmita esperança a quem precisa de amor, abençoar quem nos maldiz, apaziguar fogos que queimam intimidades valorosas, elogiar quem realmente merece, motivar quem quer crescer e para falar a verdade mesmo que nos faça sofrer! E nós? Afinal de contas como temos usado a nossa língua? Na língua esta o poder de dar vida ou encaminhar para a morte! Qual é a tua escolha?
Um abraço caloroso desta mente outrora obscura que encontrou a paz na Luz que o mundo precisa. Carlos Franqueira

sábado, 24 de outubro de 2009

Mais uma rosa desabrochou...

Mais uma rosa desabrochou... Muitos dizem que a vida é demasiado curta para ser desperdiçada. De facto eu concordo, hoje é um dia em que esse sentimento invadiu a minha alma por completo... Façamos um pequeno rollback. Ontem enquanto trabalhava recebi uma terrível noticia uma das pessoas que eu mais amava neste mundo partiu... Desabrochou e partiu a caminho do desconhecido. Desconhecido que ele Pastor M. L. nunca encarou como tal, para ele como o Paulo da bíblia, o morrer é ganho e nunca uma perda.

Hoje tinha preparado um tema diferente para "postar" aqui no blogue, mas não consigo posta-lo sem antes prestar uma homenagem merecida ao homem que me ensinou. Que em todos os pequenos detalhes da vida há sempre algo que se pode tirar em prol do beneficio de todos aqueles que amamos. M. L. acreditou sempre que amar o próximo como Jesus da Nazaré amou é a solução para uma mundo que grita por amor.
De uma perspicácia inigualável e uma sensibilidade notória fica a memoria. A Saudade ira acompanhar todos aqueles que conheceram, a sua forma apaixonada de pregar o evangelho do carpinteiro da Nazaré. As suas expressões únicas e a sua gentil presença não serão esquecidas. Com imensa dor e saudade agradeço a Deus por me ter dado a oportunidade de conhecer tal homem. Mais uma  rosa desabrochou... Um até já do teu filho na fé Carlos Franqueira

domingo, 18 de outubro de 2009

Mendigo...

Boa noite amigos, cá estou eu novamente a falar sobre um tema que marcou o meu fim-de-semana. Alguns de vocês sabem que participei no programa Arte Compaixão (duplo sentido). No qual interagi, com os ditos invisíveis da nossa sociedade apelidados de mendigos...

Cheguei a casa e tomei uma atitude reflexiva, decidi pesquisar até ao cerne da minha alma, o que afinal era um mendigo...Vejamos o que diz o dicionário: "pessoa que vive de esmolas; pedinte". Será que realmente é só isto? Decidi dar um toque muito pessoal, baseado nas atitudes da nossa sociedade, em relação aos mesmos. Os nossos actos diários dizem que o mendigo é, escumalha, infeliz, louco, ladrão, aldrabão e acima de tudo INVISÍVEL.
Eu compreendo que de facto há sempre mal intencionados que se fazem passar por doentes para receber alguns trocos enquanto mendigam, e esses sim realmente mendigam. Agora os invisíveis nos quais se foca este texto são pessoas extremamente carentes que lutam afincadamente contra a solidão, contra a fome, contra o frio e contra o total desprezo de todos nós. Incluindo muitos que se declaram entusiasticamente cristãos... Vamos ser sinceros quantos de nós passamos por eles e fazemos vista grossa há sua necessidade, ou simplesmente mudamos de passeio só para não nos cruzarmos com eles? Faço mea-culpa apesar de as vezes parar para falar com eles, sinto que como ser humano podia fazer muito mais. Como disse a minha reflexão foi profunda. Cheguei a conclusão que poderia dar muito mais.Muitos deles, mais que dinheiro precisam de atenção de um abraço que os encha de calor de palavras que lhe aqueçam o coração! Até quando amigos? Até quando as nossas obsessões nos impedirão de obtermos um crescimento constante enquanto seres humanos? A próxima vez que se cruzar com um mendigo lembre-se o seu sorriso pode mudar o mundo de alguem! Um abraço de um mendigo de pensamentos que anseia em crescer Carlos Franqueira

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Eu Queixava-me...

Boa noite amigos leitores, estou profundamente agradecido por ter alguém tão especial como vocês, a darem do vosso precioso tempo a ler algo que provavelmente ninguém dito normal leria. É precisamente sobre "ditos normais" tal como eu que quero falar.
Hoje dei por mim anormalmente irritado, murmurando contra tudo, queixando-me de todos, sem ter ninguém para me ouvir. Queixava-me porque sempre há transito, queixava-me do porque de os taxistas julgarem-se donos das estradas, murmurava porque tinha trabalho, murmurava porque não tinha nada para fazer...

Parei para pensar... E o que pensei eu? Mas porque estou com barriga? Porque estou a ficar careca? Porque estou sempre a cometer as mesmas falhas? Porque estou sempre a refilar? Porque? Porque?
Caí em mim e lembrei-me de um ditado popular que mexeu com a minha vida há uns dois meses atrás! Passo a citar: "Eu queixava-me porque não tinha sapatos até ter conhecido um homem que não tinha pés."  Foi instintivo, veio-me há mente um sermão do Dr. John Piper no qual ele diz: "Eu oiço tantos cristãos, murmurando sobre as suas falhas, seus vícios, suas imperfeições e eu vejo tão pouca guerra! Murmurações, murmurações murmurações! Porque é que eu sou assim? Façam GUERRA!"  Façam guerra a quem? A nós mesmos! Senão lutarmos contra o nosso lado humano doentio... Quem lutará?
Fica aqui o pensamento. Espero que não tenha sido cansativo! Se quiserem saber mais sobre esse sermão aqui fica o link do youtube: www.youtube.com/watch?v=GhAeIjFngyE e se quiserem saber mais sobre o Dr. John Piper ficam aqui 2 links que aconselho vivamente: www.desiringgod.org/ ; http://dontwasteyourlife.com/ 

P.S. Lembra-te o teu maior inimigo és tu mesmo! 



Um abraço desta caneta na mão do Poeta! Carlos Franqueira

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Entre o Pensamento e a Vida

Entre o Pensamento e a Vida foi um momento criativo do meu ser, que brotou da minha mente. Achei que era tempo de me expressar além-música... Como o nome indica, vou partilhar com o mundo exterior cada pensamento (ou experiência de vida) que ache pertinente para a construção emocional ou crescimento espiritual de quem lê!
Carlos Franqueira O Poeta Sem Caneta!