quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Quando a Ajuda surge do "acaso"...

Folha em branco olho para ti como uma folha rasgada de um caderno surgido de um recôndito recanto da biblioteca da minha alma. Sabes que estou triste, alérgico, e triste como o factor que me provoca alergia... Sinto-me como tu... pó... Lembro-me que sou teu parente próximo... Face a um longo deserto bem distante de oásis criativos, deambulo pela inércia da rotina pensando na melhor forma de exercer o meu papel nesta sociedade moribunda. Portugal! Portugal porque me maltratas! Porque me dás amor como se fosses uma madrasta má? Sei que tu próprio estás doente... sentindo-te dilacerado por essa ganância governativa que te corroí desde os tempos dos descobrimentos. E os sentimentos por parte todos os que te pertencem são uma mistura explosiva entre a saudade por te terem abandonado e o ódio por os teres abandonado. Que fazer face a tamanha catástrofe colectiva? Desanimar? Mais que certo! Abandonar-te também? Possivelmente. E que tal permanecer e tentar fazer parte da solução? Folha... Hoje fui ajudado, um autentico toque divino. Não confundas falsa moralidade e gabarolice, com a extasiante  surpresa de partilhar com o mundo uma ajuda dada de forma simbiótica. Vinha para casa folha... quando um senhor de muletas quase caiu redondamente pelas escadas rolantes abaixo, consegui suporta-lo com a minha mão direita e deixa-lo em pé e em segurança.. E perdoa-me mão esquerda por o compartilhar com o mundo! Mas o sorriso e o simples obrigado que aquele cidadão do mundo me concedeu... Ajudou-me a ser uma pessoa melhor! A sorrir também! A sentir-me útil! A valorizar tudo o que tenho... E parar de queixar-me sobre tudo o que não tenho! Obrigado ilustre desconhecido por fazeres a minha vida um mundo muito melhor! E tudo por um sorriso e um simples obrigado! Peço desculpa pela pancadinha nas costas! Mas não consegui esconder as emoções! Obrigado Ilustre desconhecido... por me lembrares que o Criador se revela nas mais pequenas coisas! Obrigado Ajuda por surgires do acaso! Obrigado Folha por "escutares" o meu desabafo! E lembrares-me o sentido da minha missão! Um bem haja!